Variedade e quantidade, além de melhores preços, definitivamente, são os quesitos que mais atraem os consumidores brasileiros às compras no atacarejo. Como o próprio nome sugere, o atacarejo é a união entre a compra em atacado (grandes quantidades) e o varejo (para consumo próprio) em um só lugar.
O conceito do atacarejo surgiu na Alemanha, no final da década de 1960, e chegou ao Brasil por meio da rede holandesa Makro, ainda em 1972, se espalhando por todo território nacional principalmente no setor alimentício. Segundo levantamento da Nielsen IQ, o segmento cresceu 26,7% em 2020.
O atacarejo, que antes era preferido de pequenos comerciantes – sobretudo dono de restaurantes e lanchonetes – já virou destino dos consumidores pessoa física – a Associação Brasileira de Atacadistas de Autosserviço (ABBAS) calcula que cerca de 860 mil famílias fizeram compras no atacarejo em 2020. Agora, não há mais obrigação de compra em grandes quantidades e é possível pagar com todos os cartões de crédito.
Na maioria das redes do segmento, os consumidores finais já representam a maior fatia do público, o que tem tornado o sortimento mais encorpado. E para quem está na gestão do atacarejo, é fundamental otimizar a rotina de trabalho com boas tecnologias para atender as demandas, ampliar as vendas e manter o estoque sob controle. Por trabalhar com uma margem muito pequena, qualquer ruptura, perda ou avaria pode ser fatal para o negócio.
A tecnologia, para qualquer área do atacarejo, é uma grande aliada para resolver problemas, como a digitalização de todo o processo da gestão de estoque, desde o recebimento de mercadoria até a emissão da nota fiscal. É ela também que possibilita ao gestor ter respostas imediatas e assertivas para tomadas de decisões que impactam em seu negócio.
Atacarejo busca a eficiência operacional constantemente
A busca por maior eficiência operacional tornou-se mandatória para a sobrevivência e expansão das empresas do atacarejo. Isso exige investimentos, por exemplo, em sistemas WMS, rastreabilidade de mercadorias e projetos de RFID. E a aplicação dessas soluções facilita o trabalho de inventários, gerando menos perdas e garantindo mais produtividade dos colaboradores.
A consequência do uso de tecnologia no atacarejo é uma otimização dos processos do negócio, além da melhor gestão de dados, algo extremamente fundamental em tempos de crescente concorrência. Há ferramentas, por exemplo, que disponibilizam informações sobre os períodos de maior fluxo de clientes, sobre os meses do ano em que os resultados foram mais atrativos, além de possibilitar um melhor controle dos produtos disponíveis em estoque.
Com as informações geradas pela tecnologia, o gestor do atacarejo tem dados analíticos e operacionais que o auxiliam diretamente no incremento de seu negócio. Há soluções que possibilita que as empresas identifiquem as principais causas para a indisponibilidade nos pontos de venda, otimizem a gestão dos produtos e tenham níveis de estoque mais saudáveis.
Atacarejo, em crescimento, atrai por melhores preços
De acordo com estudo anual da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), o modelo de atacadistas de autosserviço foi o que apresentou o maior número de novas lojas em operação durante a pandemia. Com faturamento de R$ 64,7 bilhões, o setor cresceu 24,9% em 2020.
Um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por outro lado, colocou na ponta do lápis a vantagem econômica do atacarejo sobre outros tipos de lojas, como hipermercados e supermercados: em média, de acordo com o levantamento, a compra de uma cesta básica de alimentos fica 18% mais em conta nos atacarejos. Em determinados produtos, a diferença de valor chega a 33%.
Agora, é hora de colocar as mãos na massa. O marketing no atacarejo tem suas particularidades e é preciso criar estratégias, obtidas com a tecnologia, para se fazer valer diante da concorrência.